Posted by : Brenno Baldino sexta-feira, 31 de julho de 2009

Não minha amada,
Não tente me esquecer...
Longe das minhas águas cristalinas,
Morrerá de sede,
Peregrina num deserto frio
Sem amor,
Sem calor que te abrace
Sem meus braços que te enlacem
Sem a voz que ama e te guia,
Nos caminhos incertos
Ausentes da minha companhia...

Não tente me esquecer...
Se para isso
Vês somente a solidão!
Folha ao vento sem direção
Perdida no labirinto do medo
Buscando os meus olhos negros
Que te buscam agora em vão!

Não...!
Não tente me esquecer...
Ato maldito e inaceitável
Contrário ao nosso querer
Contrário ao nosso amor...
Nascido em versos divinos,
Aos sons orquestrados
Por românticos violinos,
Na noite prometida de lua cheia!
Que de pronto,
Te vês transformada em sereia!
E nestes teus cantos divinais
Levas-me rendido ao teu cais
Amando-me como deus
Beijando-me como Zeus!
E na mesa sagrada dos querubins
Entrega-te sem reservas para mim
Seduzindo-me neste amor sem fim!

Não minha amada...!
Não tente me esquecer...
E ter como companhia
A lágrima salgada e fria
Percorrendo a tua face desfolhada
Desmascarada pelo silêncio
Eterno vilão a te consumir calada
Sem vida, sem nada,
Sem mim na sua ausente estrada
Ausente do meu querer...
Como corpo sem alma
Como alma sem luz!
Teus olhos vivos
Agora mortos...
Pegados na cruz...
Num eterno sofrer...

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