Posted by : Brenno Baldino quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ao ocaso de minha vida

Paro e penso comovido

No que outrora foi tudo

E hoje nem faz sentido.


Nesse apagar de luzes

Que vi o homem criar

Nas guerras sem vencedores

Que levam o mundo a chorar.


Vi sonhos belos desfeitos

E lindas promessas esquecidas

Pessoas buscando maquinas

Com medo da própria vida.


Procurei um mundo novo

Onde pudesse encontrar

Gente de alma elevada

Conjugando o verbo amar.


E debruçado ao teclado

Num “dialogo” sem som ou imagem

Vi legendas coloridas andando de lado a lado

E símbolos de risos e sofrimentos , num oceano de saudade.


Vi horas passando rápidas

Sem perceber se era noite ou dia

E a vida que um dia tive, já não mais me pertencia

Pois interagir com o novo “mundo” era só o que queria.


Fiz amizades serenas, tímidas, felizes e engraçadas

Outras mergulhadas em ódio e preconceitos

Por serem sós ou talvez, nunca terem sido amadas

A tudo assisti pasmado e nunca entendi direito.


E fui girando na roda de um turbilhão de incertezas

Vi gente pregando solidariedade

Dizendo coisas elevadas de mais profunda beleza

Mas...Que ao serem chamadas a servir...

Deram adeus a sua "nobreza".


Fui confessor, companheiro, em noites de solidão

Também fui um triste palhaço de um circo sem picadeiro e sem qualquer afeição...

E calei minhas carências abrindo meu coração

Vi confundirem minha alegria, com desrespeito e perversão.


E finalmente cansado, frustrado, desanimado, confuso em minha razão

Desliguei a quem julgava em meus devaneios e solidão

Ser mais que um "amigo" quem sabe até um "irmão".

Mas que na verdade nada mais é que uma fábrica de ilusão


E liberto de meus sonhos pude novamente descortinar

A beleza que me cerca e me aceita com todas imperfeições

Sem nunca nada cobrar, simplesmente como sou...

Simplesmente por me AMAR.

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