Archive for março 2013

O Fim da Poesia


Não há mais poesia
Quando não acredito mais em amor
Quando todos os sentimentos se foram
E deixaram apenas alguma espécie triste de vazio
Não há mais poesia
Quando de seus olhos saltam promessas quebradas
E seus sorrisos parecem entalhados em mentiras
Que me fazem querer fugir para longe
Não há mais poesia
Quando a doce ilusão acabou
E só resta a amarga despedida de sempre
Não há poesia para um coração fragmentado
Que jamais será reconstruído
Aquelas três palavras mágicas
Que todos sonham ouvir
Jamais as direi
E se alguém as disser para mim
Não acreditarei
Você destruiu a camada tênue de esperança que me restava
Mas talvez isso tenha sido bom, afinal
Me permiti ser ingênua por um breve momento
Mas não largarei a espada novamente
Lutarei minhas batalhas
E é uma pena que esteja do outro lado
Embora provavelmente já estivesse tudo errado
Muito antes de começar
Embora provavelmente o Destino
Quisesse você como meu inimigo
Muito antes de eu chamá-lo de amigo
Mas não importa mais
Eu ainda irei chorar
Quando cravar a espada em seu peito
Mas isso não fará de você menos mau
Eu ainda sentirei falta de sua gentileza
Mas isso não apagará os erros que cometeu
E mesmo que eu beije seus lábios frios
Desejando que as coisas fossem diferentes
Não me arrependerei desta despedida
Enterrarei seu corpo em algum lugar em meio à neve branca
E enterrarei todos os meus sentimentos com você
E o mundo nunca mais terá poesia
quarta-feira, 27 de março de 2013
Posted by Brenno Baldino

2025


Ao acordar, pensei que hoje seria um dia qualquer
Fiz minhas orações, pedi forças e fiquei de pé.
Logo percebi uma folha aonde tinha que assinar
No começo era uma folha qualquer, onde era só carimbar
Mas era uma ata de um casamento que eu teria que celebrar.
O problema era a mulher que eu amo que iria casar.

Todos esses anos que passei curando essa dor
Percebi que não adiantou de nada servir o Senhor.
O dia do meu medo tinha chegado
E nem o tempo a ferida tinha cicatrizado
Entrei em desespero, já não adiantava rezar
Me tranquei no quarto e comecei a chorar.

E era chegada a hora,
Torcia pro noivo ir embora
Porém ele foi o primeiro que apareceu
Me pediu a benção, e não me reconheceu.
O tempo tinha me castigado
Minha punição por ter amado.
Estava nervoso, não sabia o que fazer
Larguei minha estola e comecei a beber.

Com minhas pernas trocadas, fui ao altar
Esperando a marcha nupcial tocar
Ao abrir as portas a noiva avistei
Era a mulher mais linda, a mulher que amei
E o seu sorriso logo se desfez
Ao me ver de batina pela primeira vez.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Posted by Brenno Baldino

Fábula


Vagando pelas sombras a semanas
Guerreiro grego parado em terra espartanas
Fugindo da morte, vivendo a solidão
Em tempo que a terra é seca, castigada pelo verão.
Moribundo errante, que vaga pelo mundo.
Com destino traçado, ser eterno vagabundo
Já não se importa com nada
Só caminha e caminha em sua longa jornada
Já não pode mais amar
Pois o amor já o fez sangrar
Já não pode gritar, pois está sozinho
Além dele há apenas um caminho
Sorrir não tem motivo, pois vive uma maldição
Jogada pelo deuses, condenado a escravidão
Preso sem correntes, morto em vida
Todos os desafia a morte para curar sua ferida
Deitado na relva, e ao céu o sereno
No sangue, corre sua dor, na alma seu veneno.
Esperando o dia de um dragão lhe buscar
Cansado da vida, e da morte apenas querendo amar.
Posted by Brenno Baldino

Vou superar

"Tudo bem, vou chorar,
mas o sol vai brilhar.
O arco-íris é sempre mais lindo
depois dos temporais...".


Parece até que errei
ao querer amar de verdade.
Acontece, eu bem sei,
que vou superar a saudade.

Não devo me quedar sofrendo
por alguém que não merece
o acervo do patamar tremendo
do bem de alguma prece...

Eu não creio ter agido errado
por amar como amei...
Meu anseio, sofrido, conturbado,
vou superar, bem sei...

Hoje, sinto uma saudade agoniada;
amanhã, ela terá o paradeiro que convém.
Toda falsidade, por mim, desmascarada
só me trará o meu verdadeiro bem.

No "amém" da prece que farei,
vou me recompor da saudade
de quem não merece, bem sei,
o "ai" do meu amor de verdade...
domingo, 17 de março de 2013
Posted by Brenno Baldino

Meu plano


No sereno do luar cai meu desalento
A terra gira o tempo passa mas fica o meu pensamento
A estrada me convida para o desconhecido
Procurando aventura e esquecer o que foi vivido
Arrumei a minha mochila e escrevi um bilhete
Fiz minha ultima refeição, foi chocolate meu sorvete
Nas costas o fardo, de um amor impossível
No rosto, uma lagrima invisível
Ao dobrar o bilhete, eu faço um coração
É uma despedida, e indo a caminho da minha punição
Vou embora sem pra trás olhar
Cabeça erguida, com a certeza de não voltar
Andar pelo mundo, conhecer pessoas por um dia e sumir
Sem dar a chance de meu coração se iludir.
E se um dia alguém minha falta notar
Entenderá que fugi pra não me matar.
domingo, 10 de março de 2013
Posted by Brenno Baldino

Eu te entendo Chorão


Já não posso mais aguentar
Esse desespero que vem a me acompanhar
Vou criando coragem cada dia que passa
Vejo tudo embaçado estou em meio a fumaça
Fico aqui imaginando voce sorrindo
E eu em meu quarto me partindo
Tudo já não faz mais sentido
Vivo em um mundo parodoxo do colorido
A morte me chama toda madrugada
Já não quero mais fugir, vou me entregar a sua espada
E eu vejo todos a julgar o amor
Ninguem ama menos ou muito, sem antes conhecer a dor.
E a vodka eu me entreguei,
Meu figado, minha vida, a ti ofertei
O diabo já me espera eu seu inferno
Já não me assusta esse lance de sofrimento eterno
Porque eu duvido que alguém possa mais sofrer
Do que essa depressão de amar você.
Eu vi um idolo caido no chão por amar
E eu fico aqui apenas a admirar
A coragem que ele teve de provar
Que a vida sem o amor não tem sentido pra continuar.
Espero que a morte não demore, e venha depressa
Minha alma morreu mas meu corpo ainda se expressa.

quarta-feira, 6 de março de 2013
Posted by Brenno Baldino

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