Posted by : Brenno Baldino quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Atrás dessas grades, aqui estou
Condenado por quem um dia me abraçou
A dias, nesse clima nublado não vejo o sol
A hora não passa embaixo do meu lençol
Nessa cela não tem muito o que fazer
É esperar todos os dias o dia amanhecer
Sentir o vazio, e a solidão
Guardar a raiva, pra não cair em tentação
Eu vejo todos tramando contra mim
Não vejo razão pois não sou uma pessoa ruim
Condenado a tristeza por tempo indeterminado
Com todas as acusações que aguentei calado
Vou padecendo, a míngua sem regalia
Sem direito a sonhar, sem minha carta de alforria
No chão me rastejo para poder respirar
Sufocado pelo mundo, que não pude confiar
Ao abrir a porta, meus olhos se fecha
Apanho, e meu corpo atravessa uma flecha
Sinto a dor, que uma mãe sente no parto
Bate a saudade da luz do meu quarto
Espero que chegue logo o dia da notícia
Eu seja liberto dessa cela fictícia
E o erro cometido todo homem já errou
Não teve medo, pensou longe e sonhou
Em ser feliz com sua amada, e os anos esperar
Vencer o tempo, e poder finalmente te amar.

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