Posted by : Brenno Baldino segunda-feira, 16 de novembro de 2009

VELHAS TRISTEZAS

Velhas tristezas pesam, lesam, marcam...
Acaso o ocaso chega, nega, queima.
A vida finge, esfinge, tanto teima...
Nos meus remendos, quedam, me maltratam.

Jogo nas naus, e fingem que se embarcam,
Forjam da seiva, velha guloseima,
Qual velha brasa oculta que requeima,
Nos meus salões, funéreas, se engravatam;

Valsam soltas, sacrílegas, canalhas...
Revolvem meus saraus, velhas mortalhas...
Noctívagas tempestas, vendavais...

Velhas tristezas, cúmplices mordazes,
Fingem adormecidas, são audazes;
No banquete da vida comensais!

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